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Artista, músico, violonista clássico, arranjador, pedagogo musical e produtor, Octávio Deluchi está à frente de diversos projetos e iniciativas de destaque no cenário cultural, tendo no violão de concerto e na música brasileira o eixo central de sua atuação. Natural de São João del-Rei, Minas Gerais, iniciou sua formação em Prados, em meio a um ambiente profundamente enraizado nas tradições culturais brasileiras. Desde as primeiras experiências artísticas, cultivou o compromisso com a comunidade local, passando pela música popular brasileira, grupos carnavalescos de percussão, projetos de educação musical e bandas de rock, antes de consolidar sua trajetória no violão de concerto.

Radicado em Nova Iorque, Deluchi é descrito como “uma realidade e uma celebração vitoriosa de nosso instrumento no mundo” (Humberto Amorim), citado como “um dos maiores talentos do violão brasileiro na atualidade” (O Tempo) e reconhecido como “um dos mais ativos e brilhantes solistas de sua geração” (Acervo Digital do Violão Brasileiro).

Como intérprete, é reconhecido por sua presença cativante e dinâmica, em apresentações solo e camerísticas em diversos países. Sua estreia solo no Carnegie Hall, aos 24 anos, projetou-o internacionalmente. Desde então, conquistou mais de 15 prêmios em concursos nacionais e internacionais, entre eles o IBLA Grand Prize, o Philadelphia International Music Festival Concerto Competition, além do primeiro lugar no Concurso de Violão Souza Lima, Concurso de Violão de Charlottesville e Concurso Nacional de Violão Musicalis. Colaborou ou estreou obras de compositores como Sérgio Assad, Tania León, Vicente Paschoal, João Luiz, Luís Carlos Barbieri, Terrence Shepherd, Elodie Bouny, Geraldo Vespar, Megan Deslinger e Mary Simmons. Entre as obras de destaque estão a Sonata de Vicente Paschoal, dedicada a Deluchi, e a primeira audição nos Estados Unidos do concerto MadrigAfro, para violão e orquestra, de João Luiz.

Apresentou-se em importantes salas e séries, como o Dizzy’s Club do Lincoln Center, Composer’s Now, Americas Society/Council of the Americas, Instituto Guimarães Rosa (Santiago/Chile), BNDES e Odeon Guitar Series, em Nova Iorque. Como músico de câmara, compartilhou palcos com artistas como Eduardo Leandro, Arthur Haas, Emmanuele Baldini, São Paulo Chamber Soloists, René Izquierdo, Celil Refik Kaya, Guido Campos, Gabriele Leite, Weiting Sun, Duo Aduar, Rodrigo Frade e Pedro Gadelha, ampliando continuamente sua versatilidade artística.

Em 2025, retornou ao Carnegie Hall (pela série Nuestros Sonidos), além de se apresentar no Radford International Guitar Festival, Festival de Música de Prados, AV-Rio e Adro Galeria, realizando também gravações de seu concerto Borogodó, a serem lançadas ainda este ano. Em 2024, lançou a plataforma SERTÃO Americas, com o propósito de responder a demandas criativas de diferentes naturezas e estimular novos diálogos sobre arte, cultura e música. A iniciativa busca viabilizar novas formas de atuação profissional e estabelecer intercâmbio entre práticas realizadas no Brasil e nos Estados Unidos, incluindo programas artísticos, pedagógicos e publicações de partituras.

Presente em diferentes coletivos artísticos fundamentais em seus contextos, Deluchi foi membro fundador da AssoVio Vertentes, associação de violão responsável por dezenas de recitais, festivais, oficinas, concertos e concursos em Minas Gerais, entre 2016 e 2019. É também um dos coordenadores da BCGC – Brazilian Classical Guitar Community, ao lado de Gabriele Leite, Nicolas Porto Silva e Camilla Silva, conectando mais de setenta violonistas e pesquisadores de diferentes países por meio de projetos audiovisuais que celebram compositores brasileiros e sua produção para o violão. Atualmente, é diretor da Mostra de Violão da Lira Ceciliana, que em 2026 chegará à sua sexta edição, destacando-se pelo compromisso em integrar jovens estudantes, profissionais locais e grandes referências do violão em uma programação acessível e voltada à comunidade. Desde 2018, atua também como professor, artista residente e solista convidado no Festival de Música de Prados, consolidando sua presença como agente ativo no desenvolvimento musical e cultural da região.

Educador e pedagogo, com formação específica na área, Deluchi atua há treze anos no ensino de música, desenvolvendo continuamente abordagens instrumentais e técnicas que utilizam o violão como potencializador da aprendizagem musical. Desde 2022, é professor na escola EzraGuitar, em Manhattan e no Brooklyn, onde trabalha tanto na formação de novos públicos quanto na preparação de jovens estudantes para o meio musical. Paralelamente, é também professor no curso de graduação da Stony Brook University e, entre 2019 e 2021, foi professor assistente na Radford University, nos Estados Unidos.

Seu desenvolvimento artístico foi profundamente marcado pela orientação de grandes nomes do violão e da música, como Guilherme Vincens, João Luiz, Robert Trent, Paulo Martelli, Fábio Zanon, Vladmir Agostini e Ian Guest. É graduado pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), mestre pela Radford University (RU), na Virgínia, e atualmente é doutorando na Stony Brook University, nos Estados Unidos.

Atualmente, Deluchi utiliza cordas Augustine Strings, sendo Artista Augustine. É também apoiado pela CrossRock e toca em um violão Frederico Hermann (2025).

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© Lucca Mezzacappa - 2025

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